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Tag: Eleições nos EUA

Joe Biden deixa claro que está pronto para enfrentar Donald Trump

Durante o discurso sobre o Estado da União, em pleno período eleitoral, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentou uma das alocuções mais assertivas e confrontadoras já vistas por um presidente na história recente do Congresso, enfrentando de igual para igual a agressividade verbal dos seus adversários republicanos.

O evento se destacou como uma clara representação do atual estado polarizado da política americana, demonstrando o quão distante Washington está dos tempos em que discursos presidenciais eram marcados por uma elegância voltada para os anais da história.

De maneira incisiva, Biden criticou seu adversário das eleições de novembro e os legisladores da oposição que estavam presentes, enquanto republicanos respondiam com deboche e vaias, e democratas aclamavam com entusiasmo por mais quatro anos de mandato, em um ambiente que lembrava mais um ato de campanha eleitoral do que uma sessão formal do Congresso.

Biden vs. Trump: a disputa de 2020 volta a todo vapor
Joe Biden deixa claro que está pronto para enfrentar Donald Trump 2

O propósito era claro. Ao enfrentar críticas sobre sua idade e buscando dissipar quaisquer dúvidas dos eleitores sobre sua capacidade, Biden, aos 81 anos, utilizou o palco mais notório deste ciclo eleitoral — provavelmente diante do maior público que alcançaria antes das eleições de novembro — para demonstrar sua tenacidade, vitalidade, competência e, sim, seu descontentamento.

Com uma postura desafiadora e enérgica, ele rompeu com o formato tradicional para confrontar diretamente o ex-presidente Donald Trump, buscando transformar a próxima eleição em um referendo sobre seu antecessor, e não sobre si mesmo.

Embora não tenha mencionado Donald Trump pelo nome, Biden referiu-se a ele como “meu antecessor” por 13 vezes, criticando diretamente “vocês nesta sala” por agirem como subordinados do ex-presidente, por obstruírem a ajuda à Ucrânia e um acordo bipartidário para mitigar a crise migratória na fronteira, tudo por questões políticas.

A cada zombaria ou interrupção, Biden respondia à altura, desacreditando seus argumentos e instando-os a passar legislações significativas.

O presidente dos EUA, Joe Biden, faz seu discurso do Estado da União no Congresso dos EUA: dinâmico, assertivo e, por vezes, irritado, Biden quis dissipar a imagem de ‘idoso’.

Ele estava tão animado e pronto para começar, que ultrapassou o presidente da Câmara, Mike Johnson, iniciando seu discurso sem esperar pela introdução formal do líder republicano novato, falando alto com a clara intenção de usar o volume para demonstrar energia. O discurso, preparado por seus assessores, incluía 80 pontos de exclamação, e Biden certamente adicionou mais conforme prosseguia.

Se o subtexto do discurso de 68 minutos era tranquilizar democratas e independentes preocupados com a possibilidade de ele ser demasiado idoso para tentar um novo mandato, Biden abordou essa questão explicitamente no final, fazendo referência a “outras pessoas da minha idade”, aludindo a Donald Trump, que aos 77 anos, também apresenta momentos de confusão pública e lapsos de memória.

Confrontando vaias e interrupções, especialmente em momentos cruciais, como ao discutir questões bipartidárias relativas à crise migratória, Biden enfrentou seus opositores com firmeza e, às vezes, com sarcasmo, mantendo-se envolvido e combativo.

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Desinibido e determinado, Biden pareceu apreciar o confronto. Embora tenha falado de suas realizações e anunciado propostas políticas como é de praxe, evitou aspirações grandiloquentes ou retórica elaborada, preferindo uma abordagem quase exclusivamente combativa.

Ele mencionou de passagem sua “agenda de unidade” em um discurso que pouco fez para promover a unidade, projetando-se mais como um candidato ávido por uma disputa, até mais agressivo do que o sempre combativo Donald Trump na mesma situação quatro anos antes.

“Não vamos recuar”, declarou Biden no começo de sua fala, referindo-se especificamente à confrontação com a Rússia. Contudo, essa declaração também poderia ser interpretada como um posicionamento em relação à luta pela sua própria presidência.

Fonte: Exame

Biden vs Trump: a disputa de 2020 volta a todo vapor

A equipe do presidente Joe Biden está se preparando com entusiasmo para o próximo embate eleitoral, esperando que os eleitores comecem a focar mais em Donald Trump. O próprio Biden tem tomado a iniciativa, criando e divulgando vídeos que satirizam as declarações de seu oponente republicano.

Por outro lado, Trump está se posicionando para destacar diferenças com Biden, exemplificado recentemente pelo debate sobre a fronteira do Texas com o México, crendo que Biden enfrenta o maior desafio: convencer os eleitores de que as críticas de Trump à gestão do país são infundadas.

A expectativa de vitórias significativas para o ex-presidente na Superterça, juntamente com o discurso sobre o Estado da União de Biden na quinta-feira, promete definir claramente as opções para os eleitores americanos, surpresos com a possibilidade de um novo confronto entre Biden e Trump em 2024.

Biden vs. Trump: a disputa de 2020 volta a todo vapor
Biden vs Trump: a disputa de 2020 volta a todo vapor 4

A recente decisão unânime da Suprema Corte, que confirmou a elegibilidade de Trump para as eleições após tentativas de alguns estados de barrá-lo devido ao seu papel no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, marca o começo de uma fase crucial para ambas as campanhas, estabelecendo as linhas iniciais da disputa presidencial.

Biden inicia a corrida em desvantagem, segundo uma pesquisa do New York Times/Siena College, que mostra Trump com 48% contra 43% dos votos registrados. Biden é impactado por preocupações sobre sua idade e gestão presidencial, além de divisões na coalizão democrata sobre Israel e uma insatisfação geral com o estado do país.

Contudo, Biden conta com vantagens significativas para a eleição geral, incluindo recursos financeiros superiores e a ausência de distrações comparáveis aos quatro processos criminais enfrentados por Trump.

Um ponto de virada importante para a campanha de Biden é o discurso sobre o Estado da União, visto como uma oportunidade para destacar suas conquistas e esboçar uma agenda detalhada para um possível segundo mandato.

Enquanto Trump enfrenta problemas legais, sua campanha vê uma vantagem na paixão e organização de seus apoiadores. Trump também tem planos de assumir o controle operacional do Comitê Nacional Republicano após a Superterça, consolidando seu poder dentro do partido.

A disputa de 2024 é intensificada pelo contraste das campanhas em questões cruciais como economia, imigração, energia e as acusações legais contra Trump. Biden espera usar temas como o aborto e a nomeação de juízes da Suprema Corte por Trump para mobilizar os eleitores.

Ambas as campanhas estão se preparando para uma intensa competição, com Biden e sua equipe planejando uma demonstração de força após o discurso do Estado da União e Trump buscando fortalecer sua posição entre os eleitores negros e outros grupos demográficos.

Enquanto o julgamento de Trump em Nova York se aproxima, marcando um momento sem precedentes de um candidato presidencial fazendo campanha sob tais circunstâncias, a equipe de Biden está confiante em suas estratégias e recursos, apesar dos desafios enfrentados.

Esta eleição promete ser uma das mais disputadas e intrigantes, com cada candidato buscando capitalizar sobre as fraquezas do outro e mobilizar sua base de apoio em um cenário político cada vez mais polarizado.

O que Representa a Superterça?

De acordo com o cientista político Horácio Lessa Ramalho, a Superterça é uma data em que múltiplos estados realizam suas eleições primárias simultaneamente. A importância desse evento se deve ao grande número de locais envolvidos, que juntos determinam o futuro das primárias. Os candidatos que mantêm uma performance competitiva e superam a Superterça tendem a prosseguir no processo eleitoral. Até o momento, Donald Trump liderou as primárias republicanas, com Nikki Haley vencendo apenas em Columbia.

Igor Lucena, economista e doutor em relações internacionais, enfatiza a relevância desta data para o cenário político dos EUA, indicando que os vencedores da Superterça frequentemente emergem como candidatos presidenciais. Ele menciona que a situação política atual dos Estados Unidos é tão estável que a única incerteza girava em torno da decisão da Suprema Corte do Colorado sobre a elegibilidade de Trump, uma questão resolvida favoravelmente ao ex-presidente.

Fontes: Estadão e Jovem Pan.

Trump continua liderando nas primárias republicanas de New Hampshire

O cenário político americano testemunha mais um episódio marcante nas primárias republicanas de New Hampshire, onde Donald Trump reafirma sua posição dominante. As votações recentes destacam não apenas a persistência de seu favoritismo, mas também a crescente curiosidade em torno da dinâmica da corrida presidencial.

Trump continua liderando nas primárias republicanas de New Hampshire
Trump continua liderando nas primárias republicanas de New Hampshire (Photo by TIMOTHY A. CLARY / AFP) (Photo by TIMOTHY A. CLARY/AFP via Getty Images)

Os resultados das urnas em New Hampshire refletem uma tendência já observada nas primárias de Iowa, onde Trump conquistou mais de 50% dos votos. A margem substancial não apenas fortalece sua posição como favorito, mas também envia uma mensagem clara sobre a percepção dos eleitores republicanos em relação ao panorama político atual.

Por outro lado, a competição interna do partido recebe uma pitada de intriga com o desempenho de Nikki Haley. A pequena, porém significativa vitória no vilarejo de Dixville Notch, onde Haley superou Trump, introduz uma dinâmica de expectativa e especulação sobre o possível surgimento de uma rivalidade mais acirrada nas próximas etapas das primárias.

O impacto político

Enquanto isso, o espectro político americano observa atentamente cada movimento. Analistas e eleitores estão em busca de indícios que possam prever o desenrolar dessa corrida presidencial. As implicações dessas primárias não se limitam às fronteiras do Partido Republicano, mas se estendem ao equilíbrio de poder e às estratégias para as eleições gerais.

Em meio a essa atmosfera carregada de expectativas, New Hampshire se consolida como um palco crucial para os aspirantes à nomeação republicana. À medida que a contagem de votos avança, os olhos da nação permanecem fixos em cada detalhe, ansiosos por entender como esses primeiros resultados influenciarão o futuro político dos Estados Unidos.