Juscelino Filho lidera movimento para equilibrar competição no setor de entregas online
Em uma iniciativa liderada pelo Ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi formado um grupo de trabalho, que inclui membros dos Correios, para reformular a regulamentação das entregas realizadas por empresas de e-commerce.
O objetivo é apresentar uma proposta revisada até agosto, com a intenção de nivelar o campo de atuação dos Correios com o de seus concorrentes do setor privado.
De acordo com Juscelino, a estatal enfrenta obstáculos significativos devido a uma legislação postal que não acompanha as demandas atuais, datando de 1978. Esta situação coloca os Correios em uma posição de desvantagem em relação às empresas privadas de entrega.
O Ministro sublinha a necessidade de um marco regulatório atualizado que assegure a justiça e a competitividade no crescente mercado de e-commerce, incluindo a implementação de padrões de qualidade e procedimentos para reclamações.
Entre as restrições obsoletas enfrentadas pelos Correios, Juscelino destaca a proibição do envio de plantas vivas e animais, limitando a capacidade da empresa de atender a certas demandas logísticas, como o transporte de material biológico para pesquisa ou para fins de reprodução animal.
Além disso, foi anunciado um investimento de R$ 856 milhões no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinado aos Correios, visando a modernização de sistemas de triagem automatizados e a expansão de centros de serviços postais.
Veja também:
- Gigantes em Recuperação Judicial: Os desafios de Polishop, Dia e Starbucks
- X enfrenta ameaça de bloqueio no Brasil após desobedecer ordens do STF
- Geadas no Brasil elevam preços do café e aumentam incertezas no mercado
- Apple planeja lançar iPhone dobrável em 2026
- Apagão global em sistemas interrompe voos, bancos e comunicações
Paralelamente, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva revogou a inclusão dos Correios e de outras seis estatais no Programa Nacional de Desestatização (PND) e de três no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), sinalizando uma mudança de direção em relação à política de privatizações do governo anterior. Esta decisão reflete o compromisso do governo atual em fortalecer as empresas estatais e revisar as políticas de privatização implementadas durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Fonte: Estadão