Inovação | Brasileiro cria inteligência artificial para análise precisa de grãos de café
O café é mais que uma bebida apreciada globalmente; ele se tornou um ícone cultural, e o Brasil se destaca nesse cenário, reconhecido pela Organização Internacional do Café (OIC) como o principal exportador. Entretanto, a tarefa de avaliar a qualidade do grão se mostra desafiadora, influenciada por uma variedade de fatores, desde as características intrínsecas do grão até as expectativas dos países importadores.
Brasileiro cria inteligência artificial
Neste contexto, Bruno Pereira de Oliveira, doutor em Física pela USP São Carlos e um conhecedor nato de café, percebeu a necessidade de uma abordagem mais objetiva para a avaliação da qualidade do café. Com esse objetivo, ele desenvolveu um sistema inovador de inteligência artificial, projetado para atribuir notas precisas aos grãos de café, superando as limitações das avaliações subjetivas.
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Relatando uma experiência pessoal ao Jornal da USP, Oliveira descreveu um incidente em que sua avaliação profissional sobre a qualidade de um café não foi validada por outros avaliadores, destacando a necessidade de um sistema mais confiável e consistente.
Movido por essa necessidade, Oliveira utilizou sua expertise acadêmica para criar um sistema que não apenas analisa amostras de café, mas também as avalia com uma precisão extraordinária. Utilizando avanços em inteligência artificial, machine learning e técnicas de fluorescência, o sistema é capaz de extrair um espectro detalhado de informações, permitindo uma comparação precisa e classificando o café em categorias como especial, gourmet, ou identificando nuances de sabor como forte ou amargo.
Este sistema pioneiro de IA, que já foi patenteado por Oliveira, está atualmente em processo de validação do registro do equipamento associado. Enquanto isso, um protótipo funcional está em desenvolvimento na universidade do interior de São Paulo, marcando um passo significativo em direção à transformação do processo de avaliação da qualidade do café.
Fonte: Epoca Negócios